Lake Louisa at Clermont

Standard

Esta foi uma das nossas primeiras (e únicas) aventuras aqui na gringa. Eu e o Cadu sempre procuramos experiências bem “american way of life” e depois de muito planejar decidimos ir acampar. Há mais ou menos meia hora de Orlando, no sentido sudoeste, existe uma cidade chamada Clermont, palco de algumas outras histórias interessantes que vão ficar para posts futuros.

Bem, Clermont orgulhosamente ampara um parque estadual chamado Lake Louisa, uma grande área verde cheia de lindos lagos e tortuosas trilhas. O parque é totalmente equipado com chalés (bem simpáticos aliás) para se passar a noite ou até alguns dias, há vagas de camping para trailers, RVs e barracas. Image

Image

Chegamos por volta das duas da tarde de um sábado, o porta malas do carro parcialmente cheio com uma barraca, dois sacos de dormir, trinta tipos de repelentes e muita comida. Na entrada tem o posto do Ranger e você paga a taxa pelo serviço que vai utilizar, as entradas mais o aluguel do espaço para a barraca pagamos $24. Nada muito exorbitante, mas também nada muito confortável. A Ranger que nos recebeu foi muito atenciosa, explicou tudo direitinho, nos mostrou o caminho até o camping e nos apontou as áreas em que a Mary poderia ir sem problemas. Enquanto nos dirigíamos para a nossa área víamos aqueles chalés de madeira e eu só pensava que talvez fosse uma ideia melhor ter alugado um desses.

Estacionamos o carro no espaço n. 1 (aparentemente éramos os unicos montando barracas) e desempacotamos tudo.

É um espaço de 30×30 com um poste para eletricidade, uma mesa com bancos de madeira e um lugar para ascender a fogueira. A grama estava bem aparada e tínhamos como vizinhos umas duas ou três familias em trailers. Há cerca de 20m tinha também um banheiro comunitário com chuveiros e o que mais se precisasse.

Image

Taí o Cadu montando nossa barraca. Ele não gostou de ter saido na foto mas, sabendo que a ídeia de acampar partiu dele é de se esperar uma pequena vingança.

Depois de montada a barraca saímos para conhecer o parque. A Mary se sentiu em casa e foi liderando a trilha, cheirando todas as árvores que cruzaram seu caminho. Image

Andamos uma boa parte na trilha equestre (sim, se você tiver um cavalo pode levá-lo ao parque. Eu como tenho uma poodle, levei minha poodle na trilha dos cavalos, ela se divertiu muito.), a paisagem é linda, muitos lagos escondidos entre as árvores, alguns esquilos aqui e ali e nada além de você e aquela imensidão de folhas.

O parque também tem seis grandes lagos onde se pode pescar, nadar e até praticar kayaking e canoagem, aplicando-se restrições para cada um. Como é sabido, a Florida é uma mãe genereosa para um grande numero de jacarés. Nas margens do lago Dixie (o maior deles) há pontos com churrasqueiras para quem quiser passar o dia com a familia ou os amigos assando uma carne (ou até o peixe que você mesmo pescou, se for desses) e apreciando a linda paisagem.

Image

Depois de nossa caminhada, voltamos ao camping site e resolvemos acender a fogueira. E a lenha? É claro que fomos ingênuos o bastante para achar que pegariamos “uns graveto aqui e ali” e acenderíamos uma labareda de chamas. Com orientação da Ranger saímos do parque e fomos até o supermercado mais próximo (é claro que acabou com o clima roots saber que tinha um Publix há dez minutos dali), compramos a lenha e voltamos. O parque fecha depois do entardecer e como a lua já apontava a Ranger nos deu o código do portão para entrarmos novamente.

Ok, lenha comprada, acendemos uma linda fogueira. Colocamos duas cadeiras dobráveis ($5 dólares no Wal-Mart, pichincha!) e ficamos ali, conversando, eu com a Mary no colo, que já estava exausta neste ponto, e o Cadu fazendo cahorros-quentes e tomando uma cervejinha. Até ali estava tudo muito agradável, assamos marshmellows, fizemos s’mores…tudo ia de acordo com o esperado.

Chegou então a hora de dormir.

Fomos para dentro da barraca, nos enrolamos nos sacos de dormir e….bem, nos primeiros dez minutos é tudo confortável e aconchegante, mas ai você começa a reparar que o osso do seu ombro nunca pareceu tão rígido, que o seu quadril não se encaixa bem em nenhuma posição e que nem a Mary que estava roncando no seu colo vinte minuitos atrás consegue achar um lugar confortável. Ai você lembra que talvez um colchão de ar teria sido um investimento salva-vidas neste momento.

Resumo da história, as três da manhã empacotamos tudo de volta no carro e as três e meia estávamos em casa.

O Lake Louisa é definitivamente um dos pontos naturais mais bonitos da região, vale passar o dia ou até se aventurar no camping como fizemos, a experiência foi muito valiosa e voltar de novo, só com o colchão de ar!

ImageImage

Leave a comment